Programa Capacitação Total debate Regularização Ambiental na Suinocultura

Publicado em 27 de fevereiro de 2018

O evento aconteceu na COOPA-DF e reuniu pequenos produtores atendidos pelo programa  ATeG

Equipe técnica do Senar-DF e parceiros

Mais de 35 pessoas participaram do primeiro módulo do Programa Capacitação Total de Suinocultura – PCT/2018, que aconteceu na sexta-feira (23) no auditório da COOPA-DF, na BR 251, Km 07 / PAD-DF. Na oportunidade, a engenheira civil e consultora ambiental, Paula Albuquerque ministrou a palestra, “Regularização Ambiental aplicada à produção de suínos”, abordando os procedimentos e exigências no processo de Licenciamento Ambiental.

A iniciativa foi fruto da parceria entre a Associação de Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin) e SENAR-DF, com o intuito de reunir pequenos produtores de suínos da região, que estão sendo atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG, promovido pelo SENAR-DF em parceria com o Sebrae-DF. No evento, os participantes tiveram a oportunidade de sanar dúvidas relacionadas à produção de suínos e os cuidados que a atividade deve ter com o meio ambiente, debatendo os seguintes assuntos: Tipos de licenças exigidas; Plano de Controle Ambiental (PCA); Outorga da Água; Áreas de Preservação Permanente (APP); Tipos de lagoas para o tratamento de efluentes; Como tratar resíduos; entre outros tópicos.

De acordo com a palestrante, qualquer atividade que produza resíduos deve ser licenciada, seja produção de poucos ou muitos animais, comercial ou não, pode ser alvo de fiscalização dos órgãos ambientais (no caso do DF, o IBRAM, que atua na esfera Estadual, ou IBAMA, em nível Federal). “Para manter a sustentabilidade do setor é muito importante, a adequação ambiental de toda a cadeia da suinocultura do Distrito Federal e Entorno” destacou.

Para se regularizar ambientalmente, o criador de suíno deve procurar um profissional habilitado e capacitado, com formação em biologia ou nas áreas de engenharia (ambiental, florestal, agrônoma ou civil), que têm o papel de elaborar os estudos ambientais e orientar quanto à documentação necessária para dar entrada e andamento no licenciamento.  O Sebrae possui uma lista de consultores credenciados para esse serviço, podendo atender demandas de todos os produtores formalizados que possuem inscrição de produtor rural.

A analista da unidade do agronegócio – Sebrae-DF, Patrícia Batista, reforça aos participantes que as instituições DFSuin e SENAR são facilitadoras dentro do processo de licenciamento. “Temos um projeto para a suinocultura, que subsidia 70% da consultoria ambiental, ajudando granjas e frigoríficos se adequarem às normas ambientais, aumentando a eficiência do empreendimento”, destacou.

Segundo a médica veterinária, técnica do SENAR, Rachel Leão, o programa ATeG, trouxe melhorias nos resultados zootécnicos, sanitários e gerencial de 25 granjas atendidas. “Na área de saúde animal, por exemplo, implantamos programas sanitários que reduz a mortalidade de animais e melhora o desempenho dos rebanhos. Na parte nutricional, aperfeiçoamos os níveis nutricionais das rações, possibilitando maior ganho de peso dos animais. Já na área de bem-estar animal, melhoramos a ambiência de algumas instalações, resultando numa oferta maior e melhor de qualidade da água e alimentos para os animais. Sem dúvida, também tivemos grande evolução na área gerencial das propriedades atendidas, considerando que boa parte desses produtores não tinham o hábito de anotações de custos, receitas, ou sequer, controles mínimos zootécnicos e gerenciais que compõem o negócio”, explicou.

“O foco da ATeG é trabalhar a mentalidade do pequeno suinocultor, através de orientações repassadas durante as visitas técnicas, para que possam evoluir gradativamente nos três pilares fundamentais para a produção de suínos: ambiental, social e viabilidade financeira, concluiu a técnica de campo.

Fonte: Ascom SENAR-DF