Programa ATeG leva melhorias para as propriedades de grãos do DF

Publicado em 20 de junho de 2018

O Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG do SENAR-DF,  tem melhorado a gestão de mais de 200 propriedades rurais no Distrito Federal. Na cadeia produtiva de grãos, por exemplo, 25 produtores recebem visitas mensais do técnico de campo, que orienta seus assistidos sobre como economizar e onde fazer investimentos, sempre com base nas informações passadas pelo produtor rural.

O engenheiro agrônomo, Rodrigo Werlang é produtor de grãos no PAD-DF (Paranoá), há dez meses, ele aceitou participar do Programa, e confessa que no início teve resistência com a ideia.  “Eu tinha receio de expor o meu financeiro para uma pessoa estranha, que iria ver o que estou comprando, o que estou fazendo e deixando de fazer”.

O produtor comenta ainda, que antes da Assistência Técnica e Gerencial, o controle de custo de produção era feito a “grosso modo”, ele só contabilizava os gastos com adubação e insumos. “Agora é feito um controle minucioso de todas as despesas, cálculo do combustível, da depreciação do maquinário e dos juros que se paga aos bancos. Com o acompanhamento do técnico de campo, este ano eu já consegui saber os valores do meu custo real de produção e o lucro que obtive na última safra”, destaca.

Ely Alcantra, supervisor da área vegetal, explica que no setor de grãos, o Programa atua forte na parte gerencial. “Muitos produtores têm seus próprios consultores técnicos, ou também são agrônomos, tendo o conhecimento técnico para executar as recomendações de análise de solo, o controle de pragas e doenças. Então, o papel da ATeG neste setor é atuar mais na gestão da propriedade”.

Com uma análise mensal sobre as despesas da propriedade, o produtor foi informado que está gastando muito com combustível. Rodrigo justificou que também usa o combustível para sua outra atividade, a pecuária leiteira, e a produção de grãos paga todo o combustível. “Com as recomendações do técnico do SENAR-DF, comecei a separar o uso do combustível para saber o que gasto na produção de cereais e na pecuária”. As despesas com a manutenção do maquinário também estão altas, a colheitadeira antiga requer um controle de manutenção mais rigoroso. E para reduzir o custo com a mão de obra, o próprio produtor pilota o maquinário e aplica os defensivos agrícolas.

A produção de soja é o carro-chefe da propriedade do Rodrigo, ele colheu este ano, 55 sacas e disse que teve uma boa rentabilidade com o produto. “Vou continuar com a Assistência até o fim, e se houver a necessidade de estender, quero continuar participando porque já me ajudou muito”, declara.

O diretor nacional da ATeG, Matheus Ferreira, explica que a assistência gerencial é o principal diferencial da metodologia do SENAR. “O Programa propõe um acompanhamento técnico que facilita na tomada de decisão do produtor rural para a adoção de tecnologias, mas sobretudo o orienta sob o ponto de vista econômico e gerencial, possibilitando que ao final de um período o produtor possa avaliar se sua propriedade está gerando lucro ou não, e se ele estiver com algum problema, o técnico de campo vai atuar para ajudá-lo”.

Veja o vídeo da matéria exibida no programa Agro Forte Brasil Forte.

 

Fonte: Ascom SENAR